O modelo de negócio de uma empresa é uma série de definições que determinam os objetivos daquele empreendimento no mercado em que está inserido. Não há como imaginar um negócio que não tenha um modelo muito bem definido.Além disso, esse molde também precisa ser seguido a risca pelos gestores, o que muitos não sabem é que os processos logísticos podem ter uma influência direta nesse tipo de definição. Pensando na importância do assunto, nós resolvemos escrever este artigo.Nele, mostraremos como a logística deve se ajustar em um modelo de negócio e contribuir para o sucesso de um empreendimento. Saiba mais!
O que é um modelo de negócio?
Antes de entender a relação entre a logística e o modelo de negócio é importante conhecer o conceito deste elemento. Basicamente, podemos dizer que é um processo que define a lógica de criação, entrega e a captura de valor por parte de uma organização.O modelo de negócio também pode ser definido como um conjunto de todas as suas operações, políticas, métodos e tecnologias. Sendo assim, esse critério está mais relacionado às características de sua empresa do que, propriamente dito, ao mercado em que atua.Embora, em alguns casos, ela seja vista sob os aspectos comuns de seu mercado, porém, sem perder as oportunidades de explorar os seus resultados de forma diferente.
Como a logística influencia no modelo de negócio?
Agora que você já entendeu o que é modelo de negócio , mostraremos como a logística pode o influenciar em sua empresa. Continue lendo!
Redução de custos
Uma das grandes influências que a logística tem no modelo de negócio é a redução de custos de um empreendimento. Geralmente, transportar mercadorias de um armazém para outro ou, até mesmo, para os seus clientes, é um processo que tem gastos que, caso não sejam gerenciados de forma correta, prejudicam a lucratividade do negócio.Nesse caso, os procedimentos logísticos auxiliam uma empresa a gerenciar melhor esse custo, evitando que eles se elevem em determinados pontos e não prejudiquem os seus lucros ao final de um período.
Aumento da eficiência das atividades
Outro ponto que a logística influencia no modelo de negócio é no aumento da eficiência das atividades de uma empresa. Quando você consegue reduzir prazos de entrega e atender os seus clientes com excelência, automaticamente, as atividades de sua empresa serão mais eficientes, abrangendo mais partes do seu mercado.Esse aumento na eficiência das atividades também favorece o aumento das vendas de uma empresa, bem como, potencializa a sua lucratividade. Obviamente, para que isso ocorra é fundamental que todo o processo logístico seja otimizado para garantir que os custos não sejam elevados e prejudiquem o lucro.
Facilidade de armazenamento
Por fim, temos a facilidade de armazenamento. A logística se adapta ao modelo de negócio nas questões de armazenamento dos processos de uma empresa. Ao adotar as estratégias desse segmento de mercado sua empresa desenvolverá técnicas de armazenagem mais eficientes, evitando a perda de produtos devido a erros no armazenamento.
Como ajustar a logística ao modelo de negócio de um empreendimento?
Agora, mostraremos o que você deve fazer para ajustar a logística aos modelos de negócio. O primeiro passo: é importante que você conheça todas as necessidades da sua empresa. Não adianta adotar um processo de logística extremamente avançado sem que você ao menos saiba como é o funcionamento do seu negócio.Você precisa conhecer todas as suas necessidades, desde a entrada de mercadorias do seu estoque, passando pelo processo de vendas, carregamento, trajeto até que o produto chegue ao seu destino. Além disso, também é importante conhecer bem os procedimentos que não pertencem à área de logística e estão mais relacionados com questões administrativas como o pagamento de fornecedores, recebimento de clientes, entre outros.Conhecer esses elementos também é importante para gerenciar os recursos da sua empresa que serão destinados ao fomento e investimento das áreas de logística, vendas e gestão de estoque. Portanto, eles não podem ser esquecidos e você precisa conhecer bem os procedimentos que envolvem essas etapas.Fazendo esse tipo de análise, será capaz de identificar possíveis problemas que podem estar comprometendo a sua capacidade de escoamento de mercadorias, do mesmo modo que poderá detectar desvios ou erros operacionais que fazem sua empresa desperdiçar dinheiro ao longo dos processos internos e externos.Os processos logísticos precisam estar muito bem definidos para garantir o alinhamento com o seu modelo de negócio e assim, a sua empresa aproveitará todas as vantagens que essa relação proporciona.
Quais são as consequências de não adotar esse processo?
Para finalizar este artigo, precisamos destacar alguns riscos que você pode sofrer caso o seu modelo de negócio não esteja adequado aos processos logísticos. Não ter essa relação bem desenvolvida causa muitos prejuízos para a sua empresa.Inicialmente, você ou sua empresa pode ter problemas para gerenciar seus custos com transportes, bem como, com a armazenagem de seus produtos, correndo riscos de perder mercadorias ou, até mesmo alguns clientes, devido a atrasos na entrega.O impacto disso é muito fácil de ser percebido, afinal, a lucratividade da empresa depende muito desses dois elementos. Nesse sentido, caso a empresa não tenha processos logísticos bem alinhados com o modelo de negócio, poderá vir a sofrer esses tipos de problemas.Por fim, podemos concluir que um modelo de negócio afinado com os processos logísticos de uma empresa garante que a companhia se coloque em um patamar de eficiência diferenciado, impactando positivamente a sua lucratividade, fazendo com que fique em outro nível em termos de competitividade perante o seu mercado.
O comércio virtual conquistou os consumidores e pode ser uma excelente oportunidade para os empreendedores. Porém, o sucesso nesse segmento exige planejamento e profissionalismo, e a logística de e-commerce é um dos aspectos que demanda uma grande atenção.Uma dúvida frequente dos empreendedores diz respeito à manutenção do estoque. Qual é a opção mais vantajosa: o armazenamento próprio ou a terceirização do estoque? Como você pode imaginar, não existe uma resposta única e ideal para todos os tipos de negócio.Por isso, resolvemos falar sobre as características, os benefícios e as desvantagens de cada modelo. Dessa forma, você poderá avaliar essas possibilidades e escolher a mais apropriada para o seu empreendimento. Vamos começar?
Estoque próprio ou terceirizado?
Estoque próprio
Quando o e-commerce utiliza seu próprio estoque, ele tem autonomia e total controle sobre o processo de preparação e entrega do produto. A empresa administra o espaço, determina seu funcionamento e logística, contrata, treina e coordena o trabalho dos funcionários. A principal vantagem desse modelo é a facilidade de relacionamento com o cliente, visto que todo o processo está nas mãos do própria empresa.Também cabe à empresa fazer os investimentos necessários para o melhor controle e funcionamento do estoque. Entram nessa conta os sistemas e os equipamentos utilizados para registro e automação dos processos. No entanto, em períodos de baixa procura, ele pode representar um gasto desnecessário, pois a empresa precisa arcar com os custos mesmo que parte dessa estrutura ou seus funcionários estejam ociosos.
Estoque terceirizado
A maioria dos estabelecimentos de comércio virtual que optam pela terceirização de estoque costumam recorrer a dois modelos principais de atuação: estoque consignado ou drop shipping. Cada um desses modelos tem características próprias e são indicados para situações e momentos específicos. Confira mais sobre eles a seguir.
Estoque consignado
O estoque consignado é um tipo de terceirização de estoque muito utilizado em lojas físicas. Porém, com o desenvolvimento do mercado de compras virtuais, a demanda por esse modelo também está em crescimento.Do ponto de vista do seu funcionamento prático, o consignado é um tipo de estoque que ocorre quando o produtor disponibiliza aos empreendedores um empréstimo ou a consignação dos seus bens e mercadorias por um período de tempo determinado em contrato. No modelo consignado, o comerciante/lojista pode devolver produtos que não foram vendidos ao fornecedor, sem que tenha que pagar pelos itens.No final do período, os lojistas pagam ao fabricante o valor correspondente aos produtos vendidos e em seguida também devolvem os bens restantes que ficaram armazenados sem nenhum custo adicional. A opção pelos estoques consignados permite que o lojista virtual reduza os seus custos com a compra de mercadorias. Além disso, com o estoque consignado, também é possível testar a aceitação do mercado por determinado produto sem precisar investir em um armazenamento prévio.Como desvantagem desse modelo, podemos destacar a necessidade de manter um espaço físico para que as mercadorias possam ser armazenadas. Além disso, é preciso ficar atento ao período de consignação determinado em contrato, a fim de evitar multas e outras situações indesejáveis.
Drop shipping
O drop shipping difere do tópico anterior, pois os fabricantes dos produtos que são vendidos pelo site do lojista assumem as responsabilidades pela produção do item, desde sua estocagem até a entrega ao consumidor final. A modalidade mais conhecida é o drop shipping internacional, em que os produtos estrangeiros são expostos em uma loja virtual mais simplificada, facilitando o acesso a produtos originais.O que ocorre na prática é que, quando os pagamentos são recebidos pela sua loja virtual, o lojista entra em contato com os seus fornecedores nacionais ou estrangeiros e estes realizam a postagem das mercadorias diretamente para o cliente. Assim, os custos com a criação e a manutenção de estoques são reduzidos, da mesma forma que os gastos antes presentes no processo de embalagem e envio, agora ficam por conta do fabricante.Da mesma forma que o consignado, o drop shipping também oferece a capacidade de pesquisa sobre a aceitação de novos produtos no mercado sem necessariamente gastar mais por isso. O processo de busca pelos melhores fornecedores é um requisito fundamental, pois são eles que serão capazes de garantir o nível de qualidade e a entrega dos produtos. Caso a sua loja virtual atue em parceria com fornecedores de outros países, é preciso deixar muito claro aos seus clientes uma possível demora com prazos mais longos de entrega.No sistema drop shipping, existe outra lógica de funcionamento. O e-commerce faz, na verdade, o papel de intermediário entre o fornecedor e o cliente, ou de um simples vendedor. A loja virtual atrai o consumidor e fecha a venda, porém, a entrega da mercadoria é uma responsabilidade do fornecedor. A principal desvantagem do drop shipping é o fato de que a loja virtual não tem nenhum controle sobre o processo de entregas. Caso haja qualquer tipo de eventualidade ou reclamação do cliente, ela precisará se reportar ao fornecedor em busca de uma solução.A principal vantagem é que, nesses dois modelos, o comerciante não precisa arcar com os custos da perda de mercadorias. No primeiro caso, ele só paga pelo que efetivamente vender e, quando falamos do drop shipping, ele também não tem despesas com a manutenção de um espaço de armazenagem e procedimentos logísticos.Por último, é importante destacar a necessidade da realização de uma pesquisa minuciosa, a fim de entender o mercado em que se pretende atuar. As soluções de drop shipping, por exemplo, podem ser mais indicadas para públicos mais jovens que demandam por produtos com maior penetração no mercado internacional, como tênis e smartphones. Somente depois da avaliação do produto que se deseja comercializar e do perfil do cliente que se deseja atingir, é que será possível decidir sobre qual o melhor modelo de estoque para a sua loja virtual.
Estoque compartilhado
Essa é uma opção que tem a adesão de um número considerável de empreendedores, principalmente daqueles que vendem tanto em uma loja física quanto no e-commerce. A intenção de compartilhar espaço é reduzir custos e, principalmente, minimizar os riscos de manter um estoque próprio.Apesar dessas vantagens, a administração desse modelo pode ter alguns desafios. O principal é o controle de estoque, que deve ser preciso para não correr o risco de vender produtos que já não estão disponíveis, mas constam no sistema por falha no registro.
Como escolher o melhor tipo de estoque para o meu negócio?
Agora que você conhece as características dos principais modelos, é preciso levar em consideração as necessidades do seu negócio. Se a sua loja trabalha com grandes marcas e revende produtos convencionais, a melhor opção é, muito provavelmente, um estoque terceirizado. Se o próprio fornecedor entrega ao cliente, a logística dessa operação será otimizada.Não será necessário arcar com os custos e aguardar o tempo necessário para direcionar o produto ao seu estabelecimento e, só então, ao consumidor final. Porém, se a proposta do seu e-commerce é oferecer um produto mais customizado, a terceirização é inviável. A personalização exige que o comerciante tenha os itens à mão para realizar as intervenções necessárias à satisfação do cliente.
O compartilhamento de informações é um desafio que gera um alto custo para as empresas do setor de transportes e costuma tirar o sono dos profissionais responsáveis pelos processos logísticos. Felizmente, uma nova ferramenta desponta, cada vez mais, como importante aliada diante dessa tarefa: o EDI.Para quem ainda não está familiarizado com o termo, EDI — Electronic Data Interchange — pode ser classificado como uma tecnologia de integração entre empresas, que facilita e agiliza a transmissão eletrônica de dados. Com a adoção dessa ferramenta, é possível reduzir a intervenção humana na tarefa e, consequentemente, contribuir para eliminar as chances de erros.Se você tem interesse em saber como essa tecnologia pode aprimorar a atividade logística, basta prosseguir com a leitura deste post para conhecer mais detalhes. Confira!
O que é EDI — Electronic Data Interchange?
Se há algo problemático e, constantemente, desafiador em termos de logística é a necessidade de fazer mais em menos tempo. As entregas cada vez mais ágeis, o processamento de pedidos em tempo recorde e a flexibilidade para lidar com as demandas dos clientes são essenciais.Por isso, quando uma alternativa surge para suprir essa necessidade, é natural que o seu uso passe a ser amplamente disseminado. Isso foi o que aconteceu com o EDI, que, em português, é traduzido como troca eletrônica de dados.O Electronic Data Interchange é uma tecnologia desenvolvida com o intuito de possibilitar a integração de dados entre empresas. Embora a maioria das empresas já utilize algum tipo de sistema de gestão, nem sempre é possível estabelecer uma conexão entre elas.Até então, essa falta de compatibilidade era um obstáculo na execução de tarefas simples, como a leitura de um arquivo XML. A mudança trazida pelo EDI é a padronização da emissão e o formato de arquivos digitais, o que garante a sua leitura em qualquer plataforma digital.
Como o EDI pode ser utilizado na logística?
Na prática, com o EDI, os dados são compartilhados entre sistemas, sem que haja a necessidade de fazer os inputs (inserção de informações) de forma manual. Ao eliminar os lançamentos feitos pela equipe, a empresa conquista maior eficiência.Isso ocorre porque não há a possibilidade de erros de digitação, retrabalho ou correções posteriores, o que agiliza bastante todo esse processo. A consequência natural é o ganho de tempo e a economia de recursos, pois até o uso de papel é drasticamente reduzido.No mercado logístico, o seu principal uso, e um dos diferenciais que o torna tão interessante, dá-se na transmissão de transações frequentes, repetitivas, como faturas, registro de encomendas, notas fiscais e notificações de envio. Tudo isso reduz a morosidade na cadeia logística e eleva o desempenho organizacional.
Quais são as principais vantagens do EDI?
Reformular processos e adotar uma nova tecnologia nunca é uma iniciativa simples. Contudo, essa é uma tendência importante que registra ganhos reais em termos de capacidade de atendimento e favorece a operação como um todo.Por isso, é indispensável contar com sistemas que promovam a agilidade e a segurança das informações no ambiente digital. Para consolidar como essa é uma ideia favorável para a otimização dos resultados logísticos, conheça as principais vantagens.
Favorece a automatização de processos
Uma das formas de garantir a confiabilidade das informações distribuídas é por meio da utilização de ferramentas informatizadas. Os dados podem ser enviados e informados para o sistema sem a necessidade de lançamentos manuais.Já sabemos que o compartilhamento de dados é uma parte integral da cadeia logística desde o envio de documentos até a consulta ao andamento da entrega. Esse processo surge como a solução para:reduzir custos;minimizar a burocracia;agilizar a execução de atividades;melhorar o atendimento aos clientes;facilitar a comunicação entre empresas e parceiros.
Padroniza o formato dos documentos
Um dos maiores problemas no gerenciamento de notas fiscais é a padronização do seu preenchimento. O lançamento de dados simples pode converter-se em problemas que não permitem o recebimento da mercadoria.Essa situação é comum no caso de tipos de unidades divergentes ou conversões que gerariam problemas para registrar a entrada do pedido. Porém, o EDI atua para padronizar os campos dos documentos fiscais e, assim, simplificar a sua leitura.
Possibilita o rastreamento de pedidos
O acompanhamento do status do pedido desde a expedição até a entrega já é uma realidade. Com a adoção dessa ferramenta, é possível integrar todas essas funções para que o cliente possa consultar:quando os documentos fiscais foram emitidos;quando o pedido deixou o galpão;onde se encontra o veículo;qual é a previsão de chegada.Com isso, todas as etapas ficam registradas, o que facilita também a etapa de cobrança e a situação do pagamento tanto da venda como dos serviços de frete.Dessa forma, o uso do EDI — Electronic Data Interchange proporciona, além dos ganhos de tempo com processos mais ágeis e da redução dos custos, uma melhoria dos negócios capaz de potencializá-los e oferecer vantagens competitivas que farão a diferença em suas operações.